Medidas de controle recomendadas para as infecções por nematódeos gastrintestinais de caprinos após análise da dinâmica das infecções no semiárido do Brasil
Vieira, Vanessa DinizCorrea, Franklin RietVilela, Vinícius Longo RibeiroMedeiros, Márcia Alves deBatista, Jouberdan AurinoAzevedo, Sergio SantosMorais, Dayana Firmino deMelo, Lídio Ricardo Bezerra deSilva, Samara dos SantosFeitosa, Thais Ferreira
Este trabalho objetivou determinar medidas de controle de nematódeos gastrintestinais de caprinos no semiárido nordestino após análise da dinâmica das infecções helmínticas durante a seca, a evolução da carga parasitária após as primeiras chuvas e as diferenças de susceptibilidade entre caprinos de distintas categorias e idades. Em cinco propriedades, de março de 2013 a janeiro de 2015, foram coletadas, mensalmente, fezes de todos os caprinos para contagem de ovos. Em nenhuma propriedade foi necessário vermifugar durante os períodos de seca. Em 2013, com precipitações de 265-533 mm anuais, não foi necessário vermifugar durante o período de chuva. No entanto, em 2014, com precipitações de 604-778 mm, foi necessário vermifugar 60-90 dias após as primeiras chuvas em três propriedades. Nessas três propriedades foi encontrada multirresistência aos anti-helmínticos. Foi constatado que o OPG das cabras lactantes foi significativamente maior do que o OPG das cabras secas e dos cabritos. Em conclusão, na região semiárida, geralmente, não é necessário o tratamento das cabras pastejando na caatinga durante a estação seca. Na estação chuvosa, a carga parasitária aumenta 2-3 meses após as primeiras chuvas. Tanto na seca quanto nas chuvas, o produtor deve monitorar o rebanho mediante OPG ou por outros critérios (anemia, edema submandibular) para determinar a necessidade de vermifugação.(AU)
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