Avaliação do bem-estar em fazendas de cabras de corte criadas em sistemas semi-intensivo e extensivo em regiões semiáridas do Ceará, Nordeste, Brasil
Leite, Luana OliveiraStamm, Fabiana de OrteMaceno, Marcelo Adriano CorrêaCamarinha Filho, Jomar AntonioGarcia, Rita de Cassia Maria
O objetivo deste estudo foi aplicar um protocolo baseado nos protocolos Animal Welfare Indicators (AWIN) de pequenos ruminantes em fazendas do nordeste brasileiro para avaliar o bem-estar de cabras de corte, comparando animais mantidos em fazendas semi-intensivas (S) e extensivas (E). Quinze fazendas localizadas na Região Metropolitana de Quixadá e Quixeramobim, no Ceará, Nordeste do Brasil, foram recrutadas. As avaliações foram realizadas no nível de grupo e individual. A diferença significativa entre as fazendas S e E foi estabelecida em P 0,05 para todos os testes. No nível de grupo, houve diferença significativa, com mais cabras do grupo E afetadas por estresse térmico e do grupo S apresentando apatia. Indicadores baseados em recursos, tipo de bebedores e acesso a abrigos diferiram significativamente entre os sistemas S e E, com cabras em fazendas S alocadas em locais com acesso à água durante o período noturno mais frequentemente e protegidas do vento. O tipo de instalação era mais complexo para os animais nas fazendas S (n=2) do que nas fazendas E, devido as divisões internas, com a presença de comedouros, bebedouros, saleiros, piso ripado ou cimentado em fazendas S. A nível individual, abscesso e secreção ocular foram observados mais frequentemente nas fazendas S, e lesões nas orelhas, nas fazendas E, provavelmente devido ao manejo distinto das cabras. Semelhanças entre os resultados mostraram que os fazendeiros de ambos os sistemas de produção enfrentam problemas relacionados ao estresse térmico, falta de forragem e problemas de saúde.(AU)
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