Estratégias para controle de endogamia em um programa de melhoramento genético de suínos: um estudo de simulação
Lopes, Jader SilvaRorato, Paulo Roberto NogaraMello, Fernanda Cristina BredaFreitas, Marcelo Silva dePrestes, Alan MirandaGarcia, Diogo AnastácioOliveira, Maurício Morgado de
O objetivo deste estudo foi avaliar, por meio de simulação de dados, o impacto das restrições no número máximo de irmãos completos e meios-irmãos selecionados para machos e fêmeas no nível de endogamia e ganho genético do rebanho. Os dados originais são provenientes das populações reais A e B, compostas por suínos da raça Pietrain e Landrace, respectivamente. Para gerar as populações simuladas, foi desenvolvido um simulador em linguagem Fortran utilizando as (co)variâncias dos valores genéticos e as taxas produtivas e reprodutivas obtidas das populações A e B. Dois arquivos de dados foram criados. O primeiro continha o pedigree dos 10 anos anteriores, com 21.906 e 251.343 animais nas populações A e B, respectivamente. O segundo incluiu os valores genéticos para idade para atingir 110 Kg de peso vivo, espessura de toucinho e conversão alimentar, para ambas as populações; profundidade do músculo longissimus dorsi, apenas para a população A; e número de leitões vivos no 5º dia de vida por parto, apenas para a população B. Três cenários foram simulados com dez gerações, variando as restrições quanto ao número de irmãos completos e meios-irmãos selecionados para machos e fêmeas, com 30 repetições por geração e cenário. Independentemente da estratégia de acasalamento utilizada em um núcleo de produção fechada, há aumento nos níveis de endogamia. Aumentos de endogamia são maiores em populações de menor tamanho efetivo. Restrições ao número de irmãos completos e meios-irmãos selecionados são eficazes na redução de incrementos na endogamia. A restrição de no máximo dois irmãos completos, três meios-irmãos para machos e três irmãs completas para fêmeas fornece os maiores ganhos genéticos.(AU)
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