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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Uso de cloreto de potássio: impacto na atividade microbiana do solo e mineralização do nitrogênio

Departamento de Ciências AgráriasPereira, David Gabriel CamposDepartamento de Ciências AgráriasSantana, Isadora AlvesDepartamento de Ciências Agrárias, Programa de Pós graduação em Produção Vegetal no SemiáridoMegda, Marcio MahmoudDepartamento de Ciências Agrárias, Programa de Pós graduação em Produção Vegetal no SemiáridoMegda, Michele Xavier Vieira

RESUMO: O cloreto de potássio (KCl) é a fonte de potássio mais utilizada mundialmente e, devido ao uso contínuo desse fertilizante, pode ocorrer acúmulo de sais no solo e nas plantas. O excesso de íons desencadeia uma série de distúrbios fisiológicos, tornando-se um potencial biocida no solo. Objetivou-se avaliar o efeito da aplicação de doses de KCl e de resíduos culturais da bananeira no teor de cloreto do solo, na atividade microbiana e na amonificação. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com quatro repetições. Os tratamentos foram arranjados em um fatorial 2 x 4: 2 doses de resíduo vegetal (200 e 400 mg dm-3) x 4 doses de KCl (0, 167, 334 e 668 mg dm-3), além de um controle (sem aplicação de KCl e resíduo). Foram quantificados o CO2, o teor de amônio (N-NH4 +) e de cloreto (Cl-) do solo e as taxas de mineralização/imobilização, aos 4, 45 e 130 dias após a incubação (dai). O aumento da dose de KCl reduziu a atividade microbiana, aos 4 dai, independentemente da dose de resíduo adicionada. A atividade microbiana diminuiu, aos 130 dai: em todos os tratamentos, quando comparados ao período inicial. O acréscimo das quantidades de resíduos culturais da bananeira aumentou o teor de Cl- do solo e promoveu a imobilização do N-NH4 +. Conclui-se que doses de KCl maiores que 400 mg dm-3, associadas a presença desse resíduo, reduzem a atividade microbiana e a mineralização do N do solo.

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