Indução de lactação: levantamento econômico da utilização desta ferramenta em novilhas leiteiras com sucessivas falhas reprodutivas
Maffi, Andressa SteinLuz, Gabriela BuenoGasperin, Bernardo GarzieraMattos, Raine FonsecaXavier, Eduardo GularteCorrêa, Marcio NunesBrauner, Cássio Cassal
O objetivo deste estudo foi avaliar a viabilidade econômica do uso de um protocolo de indução a lactação em novilhas da raça Holandês. Foram coletados dados econômicos do manejo nutricional, reprodutivo e sanitário pré e pós lactação de 30 novilhas induzidas à lactação (IG) e 30 novilhas prenhes (CG). Todos os animais foram inseminados em torno de 14 meses de idade e iniciaram a lactação com aproximadamente 23±4 meses. Os animais do IG foram novilhas que não conceberam após duas inseminações e monta natural, e foram induzidas à lactação com o protocolo: do 1° ao 8° dia receberam aplicação de 30 mg de benzoato de estradiol juntamente com 300 mg de progesterona. A partir do 9° dia até o 14° receberam 20 mg de benzoato de estradiol. No dia 16 ocorreu uma aplicação de 0.56 mg cloprostenol sódico e nos dias 19 ao 21, de 40 mg de dexametasona. Nos dias 1, 8, 15, e 22, os animais receberam 500 mg somatotropina recombinante bovina. Os animais do CG foram manejados conforme a rotina da propriedade. Os custos do CG durante o pré e lactação (nutrição, sanidade, reprodução) foram superiores ao grupo induzido. No entanto, ao avaliar a viabilidade econômica, devido a menor produção leiteira, o grupo induzido não deixou lucro na propriedade no primeiro ano de utilização. Ao comparar a indução de lactação com a venda de animais que não conceberam e a compra de animais para reposição, este último cenário mostrou-se como uma melhor alternativa.(AU)
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