Tipologia de sistemas de produção de carne bovina de acordo com a eficiência bioeconômica no sul do Brasil
Andrighetto Canozzi, Maria EugêniaMarques, Pedro RochaTeixeira, Odilene de SouzaPimentel, Concepta Margaret McManusDill, Matheus DheinBarcellos, Júlio Otávio Jardim
O objetivo deste estudo foi avaliar a eficiência bioeconômica em sistemas de produção de bovinos de corte no sul do Brasil. A pesquisa foi realizada com 33 pecuaristas que operam com sistemas de produção baseado em ciclo completo, em áreas maiores ou iguais a 900 hectares. As respostas foram classificadas em dois fatores: tecnologia (TEC) e gestão (GES), os quais foram separados em subfatores com seus respectivos componentes. A análise de correspondência múltipla, teste de Tukey, análise de cluster e correlação de Pearson foram os procedimentos estatísticos. Os componentes do TEC estavam acima do normal para os pecuaristas brasileiros, mas a margem bruta ainda é menor do que a necessária para gerar recursos financeiros para uma remuneração adequada ao pecuarista. Os pecuaristas foram classificados em três grupos de acordo com a eficiência bioeconômica: baixo (BNE), intermediário (INE) ou alto nível de eficiência (ANE). O driver TEC diferenciou os clusters BNE x ANE e o GES, expresso principalmente em custos, o INE x ANE. A correlação positiva entre a idade no primeiro acasalamento e a idade ao abate no agrupamento ANE explica os custos mais elevados quando comparados aos INE, devido ao uso de recursos alimentares diferenciados. Os investimentos em tecnologias relacionadas à alimentação de rebanho no agrupamento ANE melhoraram a produtividade em apenas 20% e o custo por hectare em 95 USD ha-1 em comparação ao cluster INE. As principais diferenças entre os pecuaristas se devem ao uso de tecnologias relacionadas à alimentação e ao gerenciamento de custos. Portanto, antes de implementar uma nova tecnologia, uma avaliação econômica é necessária.(AU)
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