Carga Parasitária, iNOS, citocinas e histopatologia na infecção por Leishmania infantum em cães com apresentações clínicas distintas
Vasconcelos, Tassia Cristina Bello deBruno, Sávio FreireMiranda, Luisa Helena Monteiro deConceição-Silva, FátimaBelo, Vinícius SilvaFigueiredo, Fabiano Borges
A Leishmaniose visceral (LV) é uma doença zoonótica com reservatório canino na América do Sul. Cães oriundos de área endemica brasileira, naturalmente infectados por Leishmania infantum, apresentando doença clínica severa (CS) ou doença branda ou ausente (BA) foram avaliados. Carga parasitária, histopatologia e expressão de mRNA de citocinas e iNOS foram analisados em baço e fígado, buscando determinar possíveis marcadores de susceptibilidade ou resistência à doença. Como principais resultados, tanto cães CS como BA apresentaram alta carga parasitária. IFN-γ foi a citocina mais expressiva em ambos os órgãos, sendo IL-6 e IL-4 também detectadas em baço e fígado e IL-10 em fígado. No tecido hepático foram encontradas as maiores medianas de IFN-γ e IL-10, sendo o fígado o principal órgão produtor de citocinas, com IL-10 sugerindo acompanhamento regulatório. Granulomas foram detectados em ambos os órgãos. Quando de sua ausência no baço, essa foi associada à elevação dos níveis de IL-6, salientando o papel anti-inflamatório dessa citocina. Alterações microscópicas foram principalmente caracterizadas por extensiva desorganização de polpa branca, com a resposta esplência sendo sugerida como subotimizada. Carga parasitária, dano tecidual e resposta immune variaram mesmo em cães com quadros clínicos similares, não sendo, portanto, a análise clínica um bom parâmetro para avaliação de susceptibilidade animal à LV.(AU)
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