Pleuropneumonia por Mannheimia haemolytica em caprinos associada ao estresse de transporte
Taunde, Paula AugustoArgenta, Fernando FronerBianchi, Ronaldo MichelCecco, Bianca Santana deVielmo, AndréiaLopes, Bruna CorrêaSiqueira, Franciele MaboniAndrade, Caroline Pinto deSnel, Gustavo Geraldo MedinaBarros, Claudio Severo Lombardo deSonne, LucianaPavarini, Saulo PetinattiDriemeier, David
Descreve-se os aspectos epidemiológicos, clínicos, patológicos e bacteriológicos da pleuropneumonia por Mannheimia haemolytica em caprinos, após transporte prolongado. Quarenta caprinos transportados da região Nordeste para a região Sul do Brasil morreram durante a viagem ou 2-3 dias após o desembarque. Clinicamente, observou-se dispneia, secreção nasal mucopurulenta e tosse. Na necropsia foram coletados múltiplos fragmentos de órgãos para análises histopatológicas e identificação do agente envolvido. Todos os pulmões apresentaram consolidação pulmonar predominantemente em região cranioventral, associada à deposição acentuada de fibrina, espessamento e aderência pleurais em 90% dos casos. Histologicamente, havia pleuropneumonia fibrinossupurativa caracterizada por infiltrado neutrofílico difuso associado à fibrina. Colônias não hemolíticas [85% (34/40)] e hemolíticas [15% (6/40)] foram obtidas pelo isolamento bacteriológico. Mannheimia spp. foi isolada em 26 amostras, os quais posteriormente foram confirmados como Mannheimia haemolytica (99% de identidade), pela amplificação e sequenciamento parcial do gene 16S rDNA. O estresse pode favorecer o desenvolvimento de pleuropneumonia bacteriana em caprinos, e cepas não hemolíticas de M. haemolytica podem causar doença em animais com imunodepressão acentuada.(AU)
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