Caenorhabditis elegans como indicador de toxicidade de estirpes de Bacillus thuringiensis a Meloidogyne incognita raça 3
Montalvão, Sandro Coelho LinharesCastro, Marcelo Tavares deSoares, Carlos Marcelo SilveiraBlum, Luiz Eduardo BassayMonnerat, Rose Gomes
O algodoeiro (Gossypium hirsutum) é acometido por várias doenças de importância econômica, dentre as quais a meloidoginose (Meloidogyne incognita raças 3 e 4). Entre os métodos de controle dessa doença, destacam-se as aplicações de nematicidas, a solarização, a aração profunda, a rotação de culturas e o uso de microrganismos antagonistas. Dentre as espécies do gênero Bacillus, existem estirpes que atuam como biorreguladores e antagonistas de vários patógenos. Os testes para identificação dessas estirpes são prejudicados pela dificuldade de se obter grandes populações do patógeno e pelo tempo de execução dos testes in vivo que devem ser conduzidos por cerca de 90 dias. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo comparar a toxicidade de estirpes de B. thuringiensis a dois nematoides, M. icognita e Caenorhabditis elegans, verificando a possibilidade de empregar C. elegans como indicador para a seleção de estirpes com potencial de biocontrole contra M. incognita. Para tanto, a toxicidade de nove estirpes de B. thuringiensis para C. elegans e M. incognita foi avaliada em laboratório e em casa de vegetação. A maioria das estirpes tóxicas ao C. elegans in vitro, também foi tóxica ao M. incognita, sendo que três delas (S906, S1192, S2036) reduziram significativamente as populações dos dois nematoides. O efeito tóxico apresentado pelas estirpes de B. thuringiensis contra C. elegans foram similares aos apresentados pelos mesmos isolados contra M. incognita in vivo. Esses resultados sugerem que é plausível o uso do C. elegans como indicador de toxicidade para seleção de estirpes de B. thuringiensis tóxicas a M. incognita.(AU)
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