Avaliação clínica e radiográfica da osteotomia dupla da pelve no tratamento da displasia coxofemoral canina
Lopes, Leandro SantosSelmi, André LuisLins, Bruno TestoniMacedo, Aline Schafrum
O objetivo do estudo é a descrição da osteotomia dupla da pelve (ODP) em pacientes com displasia coxofemoral (DCF) e relatar a evolução pós-operatória. As raças acometidas foram: Rottweiler (n=1), Labrador (n=3), Golden Retriver (n=1), Dogue alemão (n=1) e Fila de São Miguel (n=1). O total foi de sete animais, sendo três machos e quatro fêmeas; a média de idade e peso dos cães foi de 8,3±1,7 meses e 29,5±7,4Kg, respectivamente. As queixas iniciais mais comuns antes da cirurgia foram: claudicação em membro pélvico e dor à extensão e abdução do quadril. A cirurgia constou em realizar a osteotomia do ílio e púbis, rotacão axial do acetábulo sobre a cabeça do fêmur e osteossíntese do ílio com a utilização de placa fixada com sete parafusos, quatro destes no segmento cranial e três no segmento caudal. Após a cirurgia um animal não apresentou melhora do quadro, caracterizado por agravamento da subluxação coxofemoral, sendo submetido à prótese total de quadril. O tempo médio de cirurgia foi de 65,8±10,4 minutos e o período de acompanhamento médio pós operatório foi de 68,0±15,0dias, visibilizando a reação osteoproliferativa no foco de osteotomia ilíaca em um período médio de 26,3±8,9 dias. Dos sete animais envolvidos no estudo, seis tiveram recuperação satisfatória após o primeiro procedimento no período avaliado. Os resultados apontam a técnica de OPD como procedimento eficiente no tratamento de DCF devido à preservação da geometria pélvica e baixa morbidade pós-operatória. Por se tratar de uma recente técnica, ainda pouco difundida, é interessante a realização de maiores estudos.(AU)
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