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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Senecio spp. Afetando a pecuária no Uruguai e sua associação com alcaloides pirrolizidínicos

García, Juan AgustínGarcía y Santos, CarmenRosas, JuanDutra, FernandoGardner, Dale

No leste do Uruguai houve um aumento significativo da seneciosis no gado de pastagem com a maioria das localidades afetadas em municípios vizinhos à fronteira brasileira. Aplicou-se um questionário em 28 fazendas associadas a surtos de intoxicação em bovinos de pastagem na fronteira leste do Uruguai. Coletaram-se cinquenta populações de Senecio para análise de alcalóides e identificação de espécies. Identificaram-se quatro espécies: S. oxyphyllus DC, S. madagascariensis Poir, S. brasiliensis (Spreng.) Less. e S. selloi DC. Identificaram-se os seguintes alcalóides mediante análise combinado de GC-MS e HPLC-MS: retrorsina em S. oxyphyllus; retrorsina, usaramina e senecivernina/senecionina em S. selloi; retrorsina, senecivernina/senecionina, integerimina e usaramina em S. madagascariensis; e integerrimina, retrorsina e senecionina em S. brasiliensis. A concentração média total de alcalóides foi mais elevada em S. brasiliensis (17,6mg/g) seguido de S. oxyphyllus (6,2mg/g), S. selloi (1,8mg/g) e S. madagascariensis (0,6mg/g). As concentrações de alcaloides foram maiores em 2015 em vista à 2016, provavelmente, devido a um fator ambiental comum. As espécies S. oxyphyllus e S. madagascariensis não foram previamente reconhecidas como plantas tóxicas no leste do Uruguai. Particularmente, S. oxyphyllus esteve presente em 82% das fazendas pesquisadas e ocorreu em alta densidade com concentrações relativamente elevadas de alcalóides de pirrolizidina sugerindo que S. oxyphyllus pode ser a principal espécie envolvida nos surtos relatados de seneciosis.(AU)

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