Formação de biofilme por Vibrio parahaemolyticus em diferentes superficies e resistência ao hipoclorito de sódio
Rosa, Janaina Viana daConceição, Natália Volpato daConceição, Rita de Cássia dos Santos daTimm, Cláudio Dias
Vibrio parahaemolyticus é uma bactéria patogênica importante tanto para a indústria como para os consumidores de pescados, uma vez que pode formar biofilme, dificultando a sua eliminação por sanitizantes. Este estudo teve como objetivo verificar a formação de biofilme em diferentes superfícies e o efeito do biofilme sobre a resistência a sanitizante. Oito isolados de V. parahaemolyticus formadores de biofilme foram testados quanto à capacidade de formar biofilme em superfícies de polietileno de alta densidade, aço inoxidável, vidro, exoesqueleto de Farfantepenaeus paulensis (Camarão-rosa) e opérculo de Micropogonias furnieri (Corvina). A eficiência do sanitizante hipoclorito de sódio foi avaliada frente às bactérias nos biofilmes formados sobre a superfície dos materiais utilizados. Das oito cepas analisadas, quatro foram consideradas formadoras de biofilme em diferentes superfícies. Os resultados mostraram variação entre as superfícies, sendo que mais de uma cepa formou biofilme na superfície do opérculo de M. furnieri e do polietileno de alta densidade. Um isolado formou biofilme em vidro e um em aço inoxidável. Nenhum isolado formou biofilme na carapaça de camarão. O sanitizante reduziu a formação do biofilme em todas as superfícies. Conclui-se que os isolados de V. parahaemolyticus apresentam distinta capacidade de formar biofilme em diferentes superfícies e que o hipoclorito de sódio na concentração de 20 partes por milhão (20ppm) de Cl2, embora não elimine as bactérias que se encontram em biofilme, reduz a sua população.(AU)
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