VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 01-08

Frações de fósforo após cultivos sucessivos de Pinus taeda L. sem fertilização

Gatiboni, Luciano ColpoVargas, Cristiane OttesAlbuquerque, Jackson AdrianoAlmeida, Jaime AntonioStahl, JamesChaves, Djalma MillerBrunetto, GustavoDall’Orsoletta, Daniel JoãoRauber, Luiz Paulo

O cultivo de Pinus sem uso de fertilização é uma prática comum no sul do Brasil e pode levar ao declínio da disponibilidade de fósforo (P) no solo. O objetivo deste estudo foi avaliar as modificações nas frações de fósforo em Cambissolo submetido a sucessivos cultivos de Pinus taeda L. sem fertilização. Foram avaliadas duas florestas, com 16 anos de cultivo de Pinus (1o cultivo) e 49 anos (3o cultivo), onde amostras de solo foram coletadas nas camadas de 0-10, 10-20, 20-40, 40-60 e 60-80cm, em seis trincheiras por floresta. Nas amostras de solo foram determinados os teores de P em formas orgânicas (Po) e inorgânicas (Pi) usando esquema de fracionamento químico sequencial. As frações inorgânicas lábeis de P não sofreram alterações com os diferentes tempos de cultivo, no entanto houve declínio das frações orgânicas lábeis do primeiro para o terceiro cultivo, passando de 70,6 para 39,8mg dm-3 na camada de 0-10cm, indicando que essas formas atuam no tamponamento do Pi lábil. O P orgânico moderadamente lábil atuou como um dreno de P, aumentando seu percentual em relação ao total, de 34,7 para 56,3%, do primeiro para o terceiro cultivo. O cultivo do solo por 49 anos com Pinus taeda provoca a diminuição do teor de fósforo orgânico lábil, indicando que para este tipo de uso do solo essa forma de fósforo deveria ser considerada para diagnóstico da disponibilidade de fósforo e necessidade de fertilização.(AU)

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