Óleo essencial de aroeira na qualidade da carne suína e oxidação lipídica
Gois, Franz DiasSbardella, MaiconLima, Cristiane Bovi de Migotto, Dannielle Leonardi Cairo, Pedro Leon Gomes Garbossa, Cesar Augusto Pospissil Racanicci, Aline Mondini Calil Costa, Leandro Batista
O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da adição do óleo essencial de aroeira ( Schinus terebinthifolius Raddi) na dieta de suínos sobre as características físicas, composição química e oxidação lipídica da carne. Setenta e dois leitões recém-desmamados (5,7±0,8kg) foram utilizados em um experimento em blocos completos casualizados com quatro tratamentos, seis repetições por tratamento e três animais por unidade experimental (baia). Os animais foram alimentados com uma dieta basal suplementada com 0, 500, 1,000 ou 1,500mg kg-1 de óleo essencial de aroeira durante 35 dias. Ao final do experimento, um animal por unidade experimental (16,4±2,2kg) foi abatido para coleta do músculo Longissimus dorsi para fim de análises. Não houve efeito (P>0,05) do óleo essencial de aroeira sobre cor, pH, perda de peso por cozimento e força de cisalhamento. A inclusão de níveis crescentes do óleo essencial de aroeira na dieta aumentou linearmente (P<0,05) o conteúdo de ácidos graxos saturados do músculo dos suínos, principalmente, as concentrações de mirístico (C14:0) e esteárico (C18:0). Para as análises de TBARS, a inclusão de óleo essencial de aroeira reduziu, significativamente, a produção de compostos secundários da oxidação lipídica nas amostras de carne crua (P<0,001) e imediatamente após o cozimento (P<0,001). Entretanto, durante oito dias de armazenamento refrigerado, a adição do óleo essencial de aroeira não protegeu eficientemente (P>0,05) os lipídios da oxidação. Portanto, o óleo essencial de aroeira, adicionado às dietas para suínos, aumentou o conteúdo de ácidos graxos saturados e reduziu a oxidação lipídica na carne fresca e logo após cozimento, sem ocorrer efeitos sobre os parâmetros físicos da carne. (AU)
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