Determinação da concentração de arsênio, cádmio e chumbo em amostras de erva-mate comercializadas no Sul do País por espectrometria de massa com plasma indutivamente acoplado
Santos, Lisia Maria Gobbo dosVicentini Neto, Santos AlvesIozzi, GiovannaJacob, Silvana do Couto
A erva-mate (Ilex paraguariensis) é uma planta originária da América do Sul, consumida habitualmente na Argentina, Paraguai, Uruguai e no sul do Brasil. Pesquisas, recentes, detectaram na erva-mate a presença de muitas vitaminas e metais. Esses metais podem fazer parte da composição mineral da planta ou por contaminação dos solos e águas pelo uso de fertilizantes, pesticidas, combustão de carvão e óleo, emissões veiculares, mineração, fundição, refinamento e incineração de resíduos urbanos e industriais. Independente da sua origem, os metais são acumulados em todos os tecidos das plantas, sendo desta forma introduzidos na cadeia alimentar. Alguns desses elementos inorgânicos são considerados tóxicos, como arsênico, cádmio e chumbo. O objetivo deste trabalho foi determinar e comparar as concentrações de metais na erva-mate (Ilex paraguariensis) comercializadas e consumidas nos diferentes estados do sul do Brasil. 104 amostras foram coletadas em supermercados no sul do Brasil: Paraná (PR), Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul (RS). A determinação da concentração de As, Cd, Pb foi feita por espectrometria de massa por plasma indutivamente acoplado (ICP-MS), modelo Nexion 300D (Perkin Elmer). As concentrações de As, Cd e Pb em folhas de erva-mate variaram de 0,015-0,15mg kg-1; 0,18-1,25mg kg-1 e 0,1-1,20mg kg-1. 84% do RS, 63% do PR e 75% do SC, a concentração de Cd na erva mate foi superior ao limite estabelecido (0,4mg kg-1), pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), 7% do RS, 5% do PR foram insatisfatórias para Pb e a concentração de As ficou abaixo do limite estabelecido (0,6mg kg-1).(AU)
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