Anticorpos contra o vírus da raiva em cães com e sem histórico de vacinação em Santa Maria - RS - Brasil
Fernandes, Karina GonzalezMartins, MathiasAmaral, Bruna PortolanCargnelutti, Juliana FelipettoWeiblen, RudiFlores, Eduardo Furtado
O presente estudo investigou a frequência e a magnitude dos anticorpos neutralizantes do vírus da raiva (RABV) em cães com e sem histórico de vacinação em Santa Maria/RS. O Grupo A incluiu amostras de soro de 440 cães com histórico recente de vacinação contra a raiva, obtidos durante a campanha de vacinação contra a raiva de 2015. O Grupo B incluiu 300 amostras de cães submetidos ao Hospital Veterinário da Universidade Federal de Santa Maria em 2015, cujo histórico de vacinação antirrábica era desconhecido. As amostras de soro foram submetidas ao teste rápido de inibição de focos fluorescentes para detecção de anticorpos neutralizantes do RABV. No grupo A, 70,6% (310/440) das amostras possuíam títulos de anticorpos neutralizantes ≥0,5 unidades internacionais por mililitro (UI mL-1), considerado um indicador de proteção contra a raiva pela Organização Mundial da Saúde. No entanto, aproximadamente 30% dos animais não continham anticorpos em níveis adequados. No grupo B, 42,3% (127/300) das amostras continham títulos de anticorpos neutralizantes ≥0,5UI mL-1e 57,7% (173/300) eram negativas ou continham títulos abaixo do valor considerado imunizado. Estes resultados demonstram que uma proporção importante de cães vacinados (~30%) não desenvolveu níveis adequados de anticorpos, principalmente aqueles que receberam uma única dose de vacina. O teste sorológico de animais com histórico de vacinação desconhecido revelou uma cobertura vacinal relativamente baixa na população geral de cães. Assim, a reformulação das estratégias de imunização especialmente a recomendação de uma vacinação de reforço 30 dias após a primeira dose e a extensão das campanhas de vacinação são necessárias para atingir níveis e cobertura adequados de imunidade contra o RABV na população canina.(AU)
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