Soma térmica das plantas e brotação dos tubérculos de batata
Bisognin, Dilson AntônioMüller, Douglas RenatoStreck, Nereu AugustoGnocato, Francisco Saccol
O objetivo foi determinar a soma térmica das diferentes fases de desenvolvimento das plantas de batata para inferir sobre a sua relação com a brotação de tubérculos. Foram avaliados os clones SMIJ461-1, SMINIA793101-3 e SMINIA97145-2 e a cultivar Macaca de batata durante os cultivos de primavera e outono em Santa Maria e Julio de Castilhos, RS. Foram determinados a emergência (EM), o início da tuberização (IT) e o início da senescência (IS) das plantas e calculada a soma térmica acumulada (STa) em cada fase. Após colhidos, os tubérculos foram submetidos a cura por 15 dias a 20oC e armazenados a 10 ou 20ºC e quantificados a porcentagem de tubérculos brotados e o número de brotos por tubérculo aos 0, 30, 60 e 90 dias de armazenamento. O experimento foi um fatorial de quatro clones de batata, dois cultivos, dois locais e duas temperaturas de armazenamento, no delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições de 20 tubérculos. Tubérculos produzidos em Julio de Castilhos e na primavera apresentaram maiores valores de STa entre a EM ou IT até IS do que aqueles produzidos em Santa Maria, indicando que diferentes locais e até estações de cultivo devem ser considerados para inferir sobre a brotação dos tubérculos com base na STa. O manejo da temperatura de armazenamento pode ser utilizado para promover ou retardar a brotação dos tubérculos, cujo efeito também depende do clone. As altas estimativas combinadas de correlação permitem concluir que a STa entre a EM-IS ou entre o IT-IS pode ser utilizada para estimar a brotação dos tubérculos de batata.(AU)
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