Estocagem de biomassa florestal da caatinga para melhoria da qualidade energética da madeira
Brand, Martha AndreiaLacerda, Stephenson RamalhoOliveira, Juliana deLopes, Gisele Paim Ribeiro DominguesCasagrande, Nayara Bergamo
Este trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade energética da biomassa florestal, oriunda da caatinga, em função de diferentes tempos de estocagem no campo. O trabalho foi desenvolvido na região sul do Piauí, entre janeiro e fevereiro (época de chuvas). Foram coletadas amostras gerais, contendo galhos e troncos de várias espécies, e amostras de galhos e troncos separadamente, em 5 parcelas de 20x20m. As amostras gerais foram avaliadas no estado recém colhido e as amostras de galhos e toras após 15 e 30 dias de estocagem em pilhas. As análises realizadas foram: teor de umidade na base úmida; teor de cinzas e poder calorífico. O teor de umidade da biomassa recém colhida variou de 39% com dois dias após o corte a 79% em biomassa cortada e deixada distribuída no campo por 10 dias. Após estocagem em pilhas por 15 dias, os galhos ficaram com teor de umidade de 18% e as toras com 21%, e poder calorífico líquido de 3432kcal kg-1 e 3274kcal kg-1, respectivamente. Após 30 dias, os galhos ficaram com 13% e as toras com 21% de umidade, e poder calorífico líquido de 3672kcal kg-1 e 3240kcal kg-1, respectivamente. O teor de cinzas da biomassa foi baixo. O corte das árvores na época de chuva, com manutenção da biomassa em campo por 10 dias, proporcionou aumento do teor de umidade. Os galhos tiveram melhor comportamento durante a estocagem. Quinze dias de estocagem são suficientes para a biomassa da caatinga atingir alta qualidade energética.(AU)
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