Comparação entre três técnicas para videosinuscopia em bovinos
Basso, Fernando ZanlorenziBusato, Eduarda MacielSilva, Jéssica Rodrigues daGuedes, Rogério LuizariBarros Filho, Ivan Roque deDornbusch, Peterson Triches
Os bovinos apresentam seios paranasais extensos e passíveis de afecções, como a sinusite. A sinuscopia, técnica já utilizada em outras espécies, avalia os seios paranasais de modo pouco invasivo e não é descrita em bovinos. O presente estudo objetivou padronizar os acessos cirúrgicos para sinuscopia em bovinos, testando três técnicas de videoendoscopia. Foram selecionadas oito cabeças de bovinos provenientes de abatedouro comercial, sendo realizada a trepanação dos seios maxilares e frontais de ambos os lados (um orifício por seio). Cada seio foi inspecionado com três óticas: um colonoscópio flexível com 10mm de diâmetro e até 180º de angulação, um laparoscópio rígido de 10mm e 0º e um artroscópio rígido de 4mm e 30º. Na região caudal do seio maxilar, os alvéolos e abertura maxilopalatina foram visualizadas com todas as óticas. A região caudodorsomedial e rostral do seio maxilar foram observadas com a ótica flexível e a rígida de 4mm, sendo que apenas esta adentrou no seio palatino. O seio frontal é de difícil visualização, devido à tortuosidade de suas projeções ósseas e sua porção cranial não foi observada pelo acesso proposto. A região caudal do seio frontal, o divertículo nucal e a área caudal à órbita tiveram o maior número de estruturas visualizadas com a ótica rígida de 4mm, seguida da flexível. A análise comparativa demonstra que a técnica utilizando a ótica rígida de 4mm permite a visualização de um maior número de estruturas com maior detalhamento e é a que mais se adapta à sinuscopia em bovinos.(AU)
Texto completo