Reemergência da infecção natural por Trypanosoma evansi em cavalos, na região do Arari, Ilha do Marajó, Brazil
Silva, Josileide Araújo daDomiciano, Tarcísio OliveiraMontão, Daniele PinaSousa, Paulo Geovani SilvaRamos, Leandro LopesParedes, Laura Jamille ArgoloMonteiro, Silvia GonzalezRivero, Gabriela Riet CorreaScofield, AlessandraBezerra Júnior, PedroBezerra, Isis AbelCerqueira, Valíria Duarte
São relatados dois surtos de tripanossomíase por Trypanosoma evansi , em cavalos no município de Chaves, Ilha do Marajó, Pará, Brasil. O primeiro surto ocorreu em abril de 2011 em uma fazenda com 147 cavalos, em que 47 (31,97%) adoeceram e 40 (27,21%) morreram. O segundo ocorreu em maio de 2012 e envolveu nove propriedades. De um total de 679 cavalos, 209 (30,07%) adoeceram e 183 (26,97%) morreram. Os principais sinais clínicos observados foram perda de peso, edema abdominal, emboletamento dos membros e atrofia da musculatura da região pélvica e membros posteriores. A necropsia foi realizada em dois cavalos, um de cada surto. O equino do primeiro surto não apresentou lesões macroscópicas, enquanto o segundo, do segundo surto, apresentava emagrecimento, palidez e icterícia, aumento do baço com protrusão da polpa branca ao corte. O sistema nervoso central de ambos os animais revelou uma leve à severa encefalite linfoplasmocitária, difusa, com presença de células de Mott. A imunohistoquímica para T. evansi revelou estruturas similares a formas tripomastigotas nas lesões. Entre novembro e dezembro de 2013, um levantamento epidemiológico foi realizado nos municípios de Cachoeira do Arari, Santa Cruz do Arari, Salvaterra, Soure e Chaves. Somente Santa Cruz do Arari e Chaves relataram casos da doença. Foram coletadas amostras de sangue de 243 equinos e realizada a reação em cadeia de polimerase (PCR) para a detecção do DNA de T. evansi das quais 20 foram positivas.(AU)
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