Índice cardíaco pelos métodos de termodiluição ou ecocardiografia transtorácica em cães sob diferentes situações hemodinâmicas
Gehrcke, Martielo IvanCardoso, Helena MondardoRegalin, DoughlasSilva, Gizelli daPadilha, Vanessa SassoMoraes, Aury Nunes deOleskovicz, Nilson
A adequada monitoração do índice cardíaco (IC) em pacientes críticos requer métodos acurados e minimamente invasivos. O objetivo deste estudo foi comparar o IC obtido por termodiluição ou ecocardiografia em cães sob alterações hemodinâmicas. Utilizaram-se nove cães pesando 19,6±1,3kg, os quais foram anestesiados com isofluoranoa1,4V% (Basal) e submetidos à ventilação mecânica (VM) e estados hipodinâmico (Hipo) com isofluoranoa3,5V% e hiperdinâmico (Hiper), com dobutaminaa5µgkg-1min-1. O IC foi obtido por termodiluição (TD) e pelos métodos ecocardiográficos de Simpson modificado, e pela velocidade em tempo integral (VTI) nas valvas aórtica (VTI-A) e pulmonar (VTI-P). Realizou-se a análise de correlação de Pearson e de concordância de Bland-Altman. O IC (Lm-2min-1) nas fases Basal, VM, Hipo e Hiper foi de 4,3±1, 3,6±0,7, 2,9±0,66 e 6,1±2 para TD; 2,8 ±0,7, 2,4±0,3, 1,7±0,7 e 4,4±1,2 para Simpson; 3,4±0,9, 3,1 ±0,7, 2,6±3,4, 6,1±1,8 para VTI-A e 3,6±0,8, 3,6±0,8, 2,7±0,6 e 6,2±1,5 para VTI-P. O método de Simpson foi menor que a TD em todas as fases, mas com correlação significativa nos estados Hipo (r=0,89) e Hiper (r=0,76) e percentagem de erro de 26% no Hipo em relação à TD, identificando os diferentes estados hemodinâmicos. Nos demais, não houve concordância ou correlação com a TD. Conclui-se que nenhum dos métodos testados apresentou concordância aceitável com a termodiluição nos diferentes estados hemodinâmicos.(AU)
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