VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 2018-2023

Consequências do uso consecutivo de oito doses de gonadotrofina coriônica equina no desenvolvimento folicular e ovulação de vacas bos indicus

Stuhr, Bhárbara DelboniGil, Isaac SantosLacerda, Tracy FerreiraFavoreto, Mauricio GomesLoureiro, Bárbara

A gonadotrofina coriónica equina (ECG) é uma glicoproteína produzida nos cálices endometriais da égua. Em bovinos, é utilizada em protocolos de sincronização do estro. Estudos têm mostrado que ela é potencialmente imunogênica e seu efeito pode diminuir depois de utilização repetida. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a dinâmica folicular, o diâmetro do corpo lúteo (CL) e taxa de ovulação em vacas bos indicus submetidas a um protocolo de sincronização estral com eCG por oito vezes. Dez vacas de corte, cíclicas, multíparas e solteiras foram divididas em dois grupos: grupo controle (n=5) e grupo eCG (n=5). Em um intervalo de 30 dias, os animais foram sincronizados com um protocolo de estrógeno/progesterona, totalizando 8 re-sincronizações. Os animais do grupo tratamento receberam 300UI eCG 48 horas antes da provável ovulação. Exames ultrasonográficos foram realizados no dia 4 do protocolo (aproximadamente 1,5 dias após o recrutamento folícular), para contar folículos antrais, no dia 10, contar folículos antrais e medir o tamanho do maior folículo e, no dia 18, para medir o diâmetro do CL. Não foi encontrada diferença (P>0,05) entre folículos no dia 4 ou 10. Vacas tratadas com eCG tinham um maior (P<0.05) CL e elevada (P<0.05) taxa de ovulação (18mm e 92%, respectivamente) quando comparadas ao grupo controle (14,1mm e 80%, respectivamente). Além disso, tratamentos consecutivos não afetaram o CL nem as taxas de ovulação. Em conclusão, o tratamento com eCG aumentou o tamanho do CL e taxa de ovulação, mesmo depois de 8 tratamentos consecutivos.(AU)

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