As orientações estratégicas e a cooperação dos agentes externos no processo de inovação das empresas rurais
Reis Neto, José Francisco dosMuñoz-Gallego, Pablo AntonioSouza, Celso Correia dePedrinho, Denise RenataFavero, SilvioMühlen, Alex Sandro Richter von
Este artigo fornece evidências empíricas sobre as relações entre a orientação para o mercado, a orientação empreendedora e a colaboração dos agentes externos nos processos de inovações incrementais e radicais em empresas rurais. A pesquisa testou três conjuntos de hipóteses: no primeiro, relacionaram-se as contribuições das orientações estratégicas e os processos de inovação; no segundo, verificaram-se as colaborações dos agentes externos na implementação dos processos de inovação e, no terceiro, avaliaram-se os efeitos de moderação do ambiente e da intensidade competitiva no relacionamento entre as orientações estratégicas e os processos de inovações. Os dados foram coletados em 208 empresas rurais e analisados com o emprego de técnicas da modelagem de equações estruturais pelo método de mínimos quadrados parciais. Os resultados mostram que a orientação para o mercado contribui para o desenvolvimento da inovação incremental, e que a orientação empreendedora contribui na implementação das inovações incrementais e radicais. Os agentes específicos (compradores, fornecedores de bens e serviços, consultores e outros agricultores), colaboram positivamente na execução da inovação incremental, mas os agentes genéricos, não. Os agentes genéricos (universidades e organizações públicas) são as que intervêm mais na inovação radical. Destaca-se a utilização de teoria consistente na área de estratégia, marketing e gestão na identificação de que algumas das suas relações causais são confirmadas para as empresas rurais, e outras não, em decorrência da estrutura, do mercado e dos produtos produzidos por elas.(AU)
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