Intoxicação espontânea e experimental por Palicourea aeneofusca em bovinos, no agreste de Pernambuco, e indução de aversão alimentar condicionada
de Brito, Luiz BezerraAlbuquerque, Raquel FeitosaRocha, Brena PessoaAlbuquerque, Samuel SalgadoLee, Stephen TomasMedeiros, Rosane Maria TrindadeRiet-Correa, FranklinMendonça, Fábio de Souza
O objetivo deste trabalho foi descrever os aspectos epidemiológicos, clínicos e patológicos da intoxicação por Palicourea aeneofusca em bovinos, no Agreste de Pernambuco, e comprovar se é possível induzir aversão alimentar à intoxicação por P. aeneofusca em bovinos criados sob manejo extensivo. Para determinar a ocorrência da intoxicação, foram visitadas 30 propriedades em cinco municípios do Agreste de Pernambuco. Três surtos de intoxicação em bovinos foram acompanhados. Para se induzir aversão alimentar condicionada ao consumo de P. aeneofusca, 12 bovinos foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos de seis animais cada. Os bovinos foram pesados e receberam, no cocho, folhas verdes de P. aeneofusca, na dose de 35mg kg-1 de peso corporal, para consumo espontâneo. Os bovinos do GC receberam água (1mL kg-1 de peso corporal), via sonda esofágica, após a primeira ingestão da planta, e os demais constituíram o GTA, que foram induzidos à aversão com cloreto de lítio (LiCl - 175mg kg-1 de peso corporal), via sonda esofágica. Para os bovinos do GTA, a indução de aversão a P. aeneofusca, em que se utilizou dose única de LiCl, persistiu por 12 meses. Por outro lado, os bovinos do grupo GC continuaram ingerindo a planta em todos os testes realizados, indicando a ausência de aversão. Este trabalho comprova que o condicionamento aversivo usando LiCl foi eficaz para prevenir a intoxicações por P. aeneofusca por um período de, pelo menos, 12 meses.(AU)
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