VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 814-820

Crescimento e produtividade da rotação feijão-de-corda/girassol sob diferentes estratégias de manejo de irrigação com água salina

Neves, Antônia Leila RochaLacerda, Claudivan Feitosa deSousa, Carlos Henrique Carvalho deSilva, Francisco Leandro Barbosa daGheyi, Hans RajFerreira1, Francisco JardelsonAndrade Filho, Francisco Luciano

Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito de estratégias de manejo de irrigação com água salina no crescimento e produção de feijão-caupi e do girassol em um sistema de rotação de culturas. O experimento foi conduzido em blocos ao acaso com treze tratamentos e cinco repetições. Os tratamentos consistiram de: T1 (controle), T2, T3 e T4, utilizando água de 0,5 (A1), 2,2 (A2), 3,6 (A3) e 5,0 (A4) dS m-1, respectivamente, ao longo de todo o ciclo da cultura; T5, T6 e T7, utilizando águas salinas A2, A3 e A4, respectivamente, apenas na fase de floração e frutificação; uso de diferentes fontes de água de forma cíclica, com seis irrigações com A1 seguido por seis irrigações com A2 (T8), A3 (T9) e A4 (T10), respectivamente; T11, T12 e T13, usando água A2, A3 e A4, respectivamente, a partir de 11 dias após o plantio (DAP) e continuando até ao final do ciclo da cultura. Estes tratamentos foram empregados na primeira safra com o feijão-caupi, durante a estação seca. As mesmas parcelas foram utilizados para o cultivo de girassol como cultura de sucessão durante a estação chuvosa. O uso de água salina no estádio de maior tolerância à salinidade (tratamentos T5, T6 e T7) ou ciclicamente (tratamentos T8, T9 e T10) reduziu a quantidade de água de boa qualidade usada na produção de feijão-caupi em 34 e 47%, respectivamente, sem impactos negativos na produtividade da cultura, e eliminou os efeitos residuais da salinidade no girassol como uma cultura de sucessão. Assim, essas estratégias parecem promissoras para serem empregadas em áreas com problemas de água salinas na região semiárida do Brasil.(AU)

Texto completo