Raleio de cachos sobre o potencial enológico da uva Cabernet Franc em duas safras
Marcon Filho, José LuizHipólito, Joseane De SouzaMacedo, Tiago Afonso DeKretzschmar, Aike AnnelieseRufato, Leo
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a maturação tecnológica e fenólica das uvas na variedade 'Cabernet Franc', submetida a diferentes níveis de raleio de cachos, de modo a estabelecer critérios que contribuam para definir o manejo mais apropriado para a obtenção de uvas destinadas à elaboração de vinhos finos, em regiões acima de 900m de altitude. Os ensaios foram conduzidos durante as safras 2009/10 e 2010/11 em um vinhedo comercial a 1,230m de altitude, localizado no município de São Joaquim, SC, coordenadas 28º 17' 39" S e 49º 55' 56" W. Foi utilizada a variedade 'Cabernet Franc', enxertada sobre 'Paulsen 1103', conduzida em espaldeira, com espaçamento de 3,0m x 1,2m e cobertura anti-granizo. Os níveis de raleio de cachos, ajustados na virada de cor "véraison", corresponderam à produção máxima, com reduções percentuais em sua produtividade em 25%, 50% e 75%. Observou-se que, em região de altitude, a prática de raleio de cachos modifica as características químicas da uva 'Cabernet Franc', aumentando o pH, reduzindo o teor de SS do mosto e polifenóis da casca. A realização do raleio de cachos, além de reduzir a produção por área, não teve um efeito compensatório na qualidade do mosto, além de não ter sido observado equilíbrio vegetativo/produtivo das plantas. A redução da carga através da prática do raleio de cachos não gerou os benefícios esperados para a cv 'Cabernet Franc', cultivada em região de altitude nas duas safras avaliadas.(AU)
Texto completo