Isolamento viral em cultivo celular para o diagnóstico confirmatório de raiva em amostras de bovinos
Kanitz, Fabio AdrianoCargnelutti, Juliana FelipettoWeiblen, RudiBatista, Helena Beatriz de Carvalho RuthnerFlores, Eduardo Furtado
Este estudo investigou a sensibilidade do isolamento viral (VI) em células de neuroblastoma murino (N2A) e células de rim de hamster (BHK-21) como um teste confirmatório para o diagnóstico de raiva bovina. Quarenta e oito amostras de cérebro de bovinos com suspeita de raiva foram inicialmente submetidas aos testes diagnósticos de rotina, imunofluorescência direta (FAT) e inoculação intracerebral em camundongos (MIT). Subsequentemente, essas amostras foram submetidas a três protocolos de VI em cada linhagem celular: uma única passagem de 24h ou 72h (T1, T2), ou três passagens de 48h (T3). Os testes FAT e MIT combinados detectaram 32/48 amostras positivas, das quais o MIT detectou 32 e a FAT 31. O tempo médio requerido para o resultado final no MIT foi 12,3 dias (8-21 dias). O teste de VI em células BHK-21 obteve resultados positivos em 100% das amostras em 72h (T2), e em 96,9% após três passagens de 48h (T3). O teste de VI em células N2A forneceu resultado positivo em 100% em 72h (T2), e em 30 das 32 amostras após três passagens de 48h (T3). Sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivos e negativos foram de 100% tanto em N2A quanto em BHK-21 após 72h de incubação (T2). Além disso, o valor Kappa foi excelente em ambas as células (k=1). Uma única passagem de 24h (T1) em ambas as linhagens celulares não apresentou resultados satisfatórios, detectando menos de 40% das amostras positivas. Esses resultados indicam que o isolamento viral em ambas as linhagens celulares, especialmente em BHK-21 - que multiplica mais rápido e é de mais fácil manutenção - representa uma alternativa adequada para a substituição do MIT como um teste confirmatório para o diagnóstico da raiva em amostras de bovinos, fornecendo resultados confiáveis em tempo reduzido.(AU)
Texto completo