Formação in vitro de raízes em canafístula: o efeito de diferentes meios de cultivo
Curti, Aline RitterReiniger, Lia Rejane Silveira
A canafístula [Peltophorum dubium (Spreng.) Taub.] é uma espécie florestal nativa do Brasil, dotada de características silviculturais promissoras para fins de (re)florestamento. No entanto, a produção de mudas de alta qualidade por meio da micropropagação é limitada pela reduzida formação de raízes. Em virtude disso, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito de substratos alternativos ao ágar e do período de cultivo na formação in vitro de raízes de canafístula. Para tanto, foram testados, aos 30 e 60 dias de cultivo in vitro, meios de cultivo compostos por combinações dos substratos vermiculita (V), Plantmax®(P) ou areia fina (AF) ao meio nutritivo MS, contendo 10 µM de ácido 3-indol butírico (AIB), acrescido ou não de ágar (A). Obteve-se elevada sobrevivência das brotações, tanto aos 30 (92,3%) quanto aos 60 (82,6%) dias de cultivo. Em relação aos meios de cultivo, a maioria deles proporcionou uma elevada sobrevivência (91,1 a 100,0%) das brotações; constituíram exceções àqueles que continham (P). Intensa formação calogênica foi observada apenas após 60 dias de cultivo, na testemunha, que incluiu MS e (A), e naqueles outros dois tratamentos contendo (V). O melhor resultado de formação de raízes, tanto quantitativamente (36,78%) como pela qualidade das raízes, foi obtido no tratamento que incluiu (V) e (A), além de MS, aos 60 dias de cultivo. Com a utilização de (V) no meio de cultivo, há intensa formação de calos, aos 60 dias de cultivo, porém, também há maior formação de raízes e melhoria na qualidade do sistema radicular, quando este substrato é combinado ao meio nutritivo MS.(AU)
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