Moringa oleifera inibe o crescimento de Candida spp. e Hortaea werneckii isoladas da criação de camarões Macrobrachium amazonicum com ampla margem de segurança
Rocha, Marcos Fábio GadelhaAlencar, Lucas Pereira deBrilhante, Raimunda Sâmia NogueiraSales, Jamille de AlencarPonte, Yago Brito deRodrigues, Pedro Henrique de AragãoSampaio, Célia Maria de SouzaCordeiro, Rossana de AguiarCastelo-Branco, Débora de Souza Collares MaiaOliveira, Francisco Carlos deBarbosa, Francisco GeraldoTeixeira, Carlos Eduardo CordeiroPaiva, Manoel de Araújo NetoBandeira, Tereza de Jesus Pinheiro GomesMoreira, José Luciano BezerraSidrim, José Júlio Costa
Este estudo teve como objetivo avaliar a atividade antifúngica de extratos de M. oleifera frente a fungos isolados de camarões, cultivados em água doce, e testar a toxicidade dos extratos em larvas de Macrobrachium amazonicum. Os extratos etanólicos de vagens, sementes, folhas, caules e flores e o extrato clorofórmico de flores de M. oleifera foram testados contra 14 cepas de Candida spp. e 10 cepas de Hortaea werneckii isolados da água de cultivo e do trato digestório de M. amazonicum. A atividade antifúngica foi determinada por microdiluição, com base nos documentos M27-A3 e M38-A2 do CLSI. A toxicidade foi avaliada por exposição das larvas de M. amazonicum a concentrações entre 10-1000 mg mL-1 dos extratos, realizando contagem de larvas mortas (CL50), após 24 horas. Os melhores resultados foram verificados com o extrato clorofórmico de flores, agindo frente a todas as cepas testadas, com concentrações inibitórias mínimas variando entre 0,019-2,5 mg mL-1. O extrato etanólico de folhas, flores e sementes agiu ante 22/24, 21/24 e 20/24 cepas, respectivamente. O extrato de vagens foi eficaz contra cepas de Candida spp. (14/24) e o extrato de caule apenas contra quatro cepas de H. werneckii (4/24). Os extratos de sementes, flores (fração clorofórmica), caules e folhas apresentaram baixa ou nenhuma toxicidade, enquanto que extratos de vagens e flores (fração etanólica) apresentaram toxicidade moderada. Assim, observou-se atividade antifúngica dos extratos em Candida spp . e H. werneckii com uma ampla margem de segurança para as larvas de M. amazonicum, demonstrando ser promissor para o manejo sustentável dos efluentes do cultivo de M. amazonicum.(AU)
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