Sobre a analgesia pós-operatória da morfina, cetamina ou da associação em cadelas submetidas à ovariossalpingohisterectomia eletiva
Raquel de Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia Departamento de Cirurgia Veterinária e Reprodução Animal) Almeida, MariaPacca Loureiro Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia Departamento de Cirurgia Veterinária e Reprodução Animal) Luna, StelioMoreira Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária) Alves, RobsonHarumi Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária) Hashimoto, HetielleMiyasaka de Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária) Almeida, Ricardo
Este estudo objetivou avaliar a eficácia analgésica da morfina e cetamina, isoladas ou associadas, para tratar a dor pós-operatória de cadelas submetidas à ovariossalpingohisterectomia (OSH) eletiva. Foram utilizadas 24 cadelas saudáveis, de raças variadas, idade de 27±17 meses e massa corpórea de 11±8,5kg. Os animais foram separados de forma igualitária e aleatória em três grupos: GM - morfina 0,5mg kg-1; GK - cetamina 2,5mg kg-1 ou GKM - morfina 0,5mg kg-1, associada à cetamina 2,5mg kg-1 . Os fármacos foram administrados por via intramuscular (IM) imediatamente após a indução anestésica. A dor foi avaliada por meio de escala analógica visual (EAV) e de Glasgow modificada (EGM) e o grau de sedação pela escala de Dobbins, duas horas antes do procedimento cirúrgico (basal), 1, 2, 4, 8, 12 e 24 horas após a extubação (M1 a M24). Quando a pontuação da EGM era acima de 33% do valor total da avaliação, realizava-se resgates analgésicos com 1,0mg kg-1 de morfina e, após 40 minutos deste resgate, caso não fosse suficiente, 0,2mg kg-1 de meloxicam. Os dados não paramétricos foram submetidos ao teste de Friedman ou Kruskal-Wallis, seguidos do teste de Dunn. Para os paramétricos, foi empregada análise de variância unidirecional ANOVA, seguida do teste de Tukey (P 0,05). Não houve diferenças significativas entre os grupos para os escores de dor, exceto para EGM, na qual os valores no GM foram superiores ao GKM 1h após a extubação. O número de resgates analgésicos foi significativamente superior no GM (todos os animais, com 11 resgates no total), em relação ao GKM (3) e GK (um animal por duas vezes). A administração pré-incisional de cetamina foi mais efetiva do que a oferecida pela morfina e, dessa maneira, a cetamina pode ser empregada para analgesia preemptiva em cadelas submetidas à OSH, entretanto, pode ser necessária analgesia de resgate.
Texto completo