O treinamento nos valores da V200, FCpico e distância percorrida de cavalos da raça Árabe e Crioula
de Moura Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ)) Alonso, JulianaJun Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ)) Watanabe, MarcosAlberto Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ)) Hussni, Carlosde Faria FMVZ) Mantovani, CristinaSilveira) Fernandes, VeridianaPereira) Machado, LucianaAndreza Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ)) Yonezawa, LetíciaFaculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ)) Kohayagawa, AguemiFaculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ)) Thomassian, Armen
Avaliou-se o efeito do treinamento em esteira sobre a velocidade na qual a frequência cardíaca (FC) atinge o valor de 200 batimentos por minuto (V200), frequência cardíaca pico (FCpico) e sobre a distância percorrida em duas raças de equinos com aptidões diferentes. Para tanto, foram utilizados cinco equinos adultos da raça Árabe (GA) e cinco da raça Crioula (GC), submetidos ao teste padrão de exercício progressivo (TPEP) com inclinação da esteira de 6%, velocidade inicial de 1,8m s-1 por 5 minutos, fases a 4m s-1 por 3 minutos, a 6m s-1 por 2 minutos e fases a 8m s-1, 9m s-1, 10m s-1 e 11m s-1 por 1 minuto cada, até os cavalos não acompanharem a velocidade da esteira, mesmo sendo estimulados. A V200 de cada cavalo foi determinada através da regressão linear da FC versus a velocidade antes (M0) e após o treinamento (M1). O consumo máximo de oxigênio (VO2max) individual foi determinado para o cálculo da carga de trabalho nas nove semanas de treinamento, sendo cinco semanas com a carga de 35% VO2max, duas a 50% VO2max e duas a 100% VO2max. Os exercícios foram realizados uma vez por dia, cinco dias por semana e com inclinação de 6%. A média da V200 antes do treinamento (M0) foi 7,4±0,5 e 7,4±1,2m s-1, para o GA e GC, respectivamente, e após o treinamento (M1) foi 7,8±0,8 e 7,0±0,7m s-1, para o GA e GC, respectivamente. A média da FCpico no M0 foi 221,6±9,0 e 207,4±7,3bpm para o GA e GC, respectivamente, e no M1 foi 226,0±8,4 e 215,0±7,7bpm, para o GA e GC, respectivamente. A distância percorrida em metros no M0 foi de 3.391,0±252,0 e 2.446,0±96,3m para o GA e GC respectivamente, e no M1 foi de 3.850,8±462,2 e 2.698,6±335,8m para o GA e GC, respectivamente. Para a V200, não foram observadas diferenças significativas entre os grupos (P=0,4643) e os momentos (P=1,0). Para a FCpico, houve diferença estatística entre os grupos (P=0,0064), mas não entre os momentos (P=0,1348) . Para a distância percorrida, houve diferença estatística entre os grupos (P=0,0002) e entre os momentos (P=0,0092). Provavelmente, o treinamento condicionou os equinos a antecipar o exercício quando encaminhados à esteira, elevando a FC e influenciando nos valores da V200. Conclui-se que a V200 foi ineficaz para a constatação de diferenças no desempenho atlético entre as duas raças e para avaliação do efeito do treinamento em esteira. Demonstrando a necessidade da associação de outros índices de desempenho como a distância percorrida para assegurar a devida interpretação do efeito de programas de treinamento sobre o desempenho de equinos em testes físicos de exercício.
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