Liberação do N em solos de diferentes texturas com ou sem adubos orgânicos
Fioreze, ClaudioAlberto) Ceretta, CarlosJosé) Giacomini, SandroTrentin, GustavoLorensini, Felipe
A liberação do N em um solo sob adubação orgânica é afetada por vários fatores como a quantidade e as características do resíduo adicionado, as condições climáticas e o tipo de solo, dentre outros. Este estudo objetivou avaliar a eficiência da cama de aves de corte e do dejeto líquido de suínos em três solos de diferentes texturas. Foram incubados os solos franco-arenoso (238g argila kg-1), argilo-siltoso (470g argila kg-1) e muito-argiloso (605g argila kg-1), aos quais se adicionou ou não a cama de aves e o dejeto líquido de suínos. Foi determinada a progressão de N-NH4+ e N-NO3- aos 0, 7, 14, 28, 56 e 112 dias de incubação e calculou-se a taxa de mineralização líquida e as porcentagens de N disponível e de N mineral líquido em relação ao N total e orgânico adicionados, respectivamente. O maior teor de argila fez com que a nitrificação ocorresse de forma mais gradual, independente do tipo de adubo orgânico adicionado, o que contribui para diminuir o potencial poluente do N. A mineralização líquida do N também foi maior no solo franco-arenoso. Isso ratifica a recomendação de parcelar o suprimento do nitrogênio aos cultivos, em especial em solos arenosos e com dejetos líquidos ricos em N amoniacal. Os resultados sinalizam que os índices oficiais de eficiência de liberação do N (IELN), de 80% para o dejeto líquido de suínos e 50% para a cama de aves, podem estar superestimados. Nesse aspecto, parece ser importante descontar o N mineral liberado pelo solo no cálculo do IELN para não promover a depleção da matéria orgânica do solo a médio ou longo prazo. Por fim, os resultados apontam para a necessidade de aprofundar estudos para que as classes texturais dos solos sejam consideradas como uma variável para a recomendação de N através de adubos orgânicos.
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