Guinea pigs experimentally infected with vaccinia virus replicate and shed, but do not transmit the virus
Felipetto Centro de Ciências Rurais (CCR)) Cargnelutti, JulianaCentro de Ciências Rurais (CCR)) Wendlant, AdriéliCentro de Ciências Rurais (CCR)) Weiblen, RudiFurtado Centro de Ciências Rurais (CCR)) Flores, Eduardo
A origem dos vírus vaccínia (VACV), envolvidos em surtos de doença vesicular em bovinos e humanos no Sudeste do Brasil, permanece desconhecida, e a participação de espécies silvestres na manutenção e transmissão do vírus tem sido sugerida. O objetivo deste trabalho foi investigar a susceptibilidade e o potencial de transmissão por cobaias (Cavia porcellus) - filogeneticamente relacionada a uma espécie de roedor, conhecido por preá (Cavia aperea), bastante abundante no país - a duas cepas de VACV (P1V e P2V) isoladas de um surto de doença cutânea em equinos no Rio Grande do Sul. Oito cobaias inoculadas pela via intranasal com uma mistura das amostras P1V e P2V (10(6) DICC50.ml-1) não apresentaram sinais clínicos, porém seis animais excretaram o vírus nas secreções nasais (1 a 9 dias pós-inoculação - pi), desenvolveram viremia (1 a 10 dias pi) e soroconverteram ao VACV. Apesar da replicação e excreção viral, o vírus não foi transmitido a sentinelas por contato direto, indireto (aerossóis) ou por água e alimentos contaminados com fezes deliberadamente contaminadas com o vírus. Esses resultados demonstram que, apesar de replicar e excretar o vírus, as cobaias não transmitem o VACV nas condições estudadas. Esses achados tornam pouco provável a participação de espécies relacionadas na manutenção e transmissão do VACV na natureza.
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