Perfil hematológico de codornas japonesas (Coturnix japonica) sob estresse térmico
do Amaral da Rosa, GabrielaAndré Sorbello, LuizLocatelli Dittrich, RosangelaTadeu Thomaz de Moraes, MarceloGonçalves de Oliveira, Edson
Na coturnicultura, os limites das variáveis climáticas, como temperatura e umidade relativa do ar, interferem no desempenho produtivo e bem estar das aves. A temperatura de conforto térmico para codornas está entre 18 e 22°C, sendo que o desconforto térmico pode causar estresse, alterando heterófilos e linfócitos circulantes e a relação heterófilo/linfócito. O objetivo deste trabalho foi estabelecer os níveis de estresse em codornas durante os ciclos de produção com diferentes temperaturas, por meio das alterações no leucograma e da relação heterófilo-linfócito. O presente estudo foi realizado durante quatro ciclos de produção de 200 codornas japonesas (Coturnix japonica) com duração de 22 dias cada (denominados de C1, C2, C3 e C4). As temperaturas médias foram de: 22,4°C (C1); 25,5°C (C2); 23,3°C (C3) e 21,5°C (C4). Foram coletadas amostras de sangue de 80 codornas em cada um dos ciclos para determinação dos parâmetros hematológicos e dos valores da relação heterófilo-linfócito (H/L). As médias das relações heterófilo/linfócito foram 1,695 em C1; 2,424 em C2; 1,8 em C3 e 1,29 em C4. Comparando-se as médias das relações heterófilo/linfócito entre os quatro ciclos, tem-se que o valor de p foi inferior a 0,0001, exceto entre a primeira e a terceira coleta, cujo valor de p foi não significativo. A heterofilia e linfopenia verificadas e o aumento da relação heterófilo/linfócito nos ciclos, coincidindo com o aumento da temperatura, além do limite de conforto térmico para estas aves, principalmente em C2, é uma evidência de que esses animais foram submetidos a estresse térmico e que as codornas são aves extremamente suscetíveis a variações climáticas.
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