Desenvolvimento de Chrysoperla externa alimentada na fase larval com ovos de Bonagota cranaodes
Lúcia de Paula Ribeiro, AnaDal'Col Lúcio, AlessandroCorrêa Costa, ErvandilRibeiro Bolzan, AndrezaJovanowichs, RosmariTerezinha Riffel, Cinei
Este trabalho teve por finalidade realizar estudos biológicos da espécie de crisopídeo de maior ocorrência nos agroecossistemas brasileiros, Chrysoperla externa, a fim de viabilizar a criação desta em condições de laboratório. O trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Entomologia da Universidade Federal de Santa Maria, onde foi estudada a biologia das fases imatura e adulta de C. externa, alimentando suas larvas com ovos de Bonagota cranaodes e os adultos com dieta artificial a base de lêvedo de cerveja e mel na proporção de 1:1. O período embrionário foi determinado utilizando cápsulas de gelatina e tubos de vidro de 2,5x8,5cm e os insetos adultos foram criados em gaiolas de tubo de PVC com 10,0 cm de diâmetro e 23,0cm de comprimento em temperatura de 25±2°C e 70±10% de umidade relativa e fotofase de 14 horas. De acordo com os resultados obtidos, o período embrionário foi de 4,0 dias, com viabilidade de 89,2%. Para a fase larval, foi determinada uma duração de 13,1 dias, sendo a duração média para o 1°, 2° e 3° ínstares de 3,7; 4,9; e 4,5 dias, respectivamente. O período médio de pré-pupa e pupa foi de 1,4 e 9,3 dias, respectivamente, perfazendo um ciclo de desenvolvimento médio de 27,8 dias. As medidas da largura da cápsula cefálica mostraram que a regra de Dyar aplica-se nesse caso. Larvas de Chrysoperla externa podem ser criadas em ovos de Bonagota cranaodes em condições de laboratório.
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