Serum biochemistry profile determination for wild loggerhead sea turtles nesting in Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, Brazil
Wrobel Goldberg, DaphneWanderlinde, JuçaraMaria Alexandre Freire, IsabelCesar Pereira da Silva, LuizRegina Pereira Almosny, Nadia
As tartarugas marinhas são animais ameaçados de extinção. Sendo assim, o maior objetivo em reabilitar os indivíduos doentes é posteriormente reintroduzi-los em seu habitat. Dessa forma, contribui-se para a preservação das espécies e para a manutenção do equilíbrio dos ecossistemas. As análises bioquímicas são exames bastante utilizados na detecção de doenças e na avaliação do estado geral dos animais. Apesar disso, os dados na literatura para tartarugas marinhas ainda são escassos, e a maioria dos estudos utiliza um pequeno número de animais, sendo a maior parte deles de cativeiro. O presente estudo tem por objetivo realizar o perfil bioquímico de indivíduos do sexo feminino de tartarugas marinhas de vida livre da espécie Caretta caretta em processo de nidação, bem como estabelecer a correlação do perfil bioquímico destes animais com seu tamanho. Os valores médios obtidos poderão ser utilizados posteriormente como comparativo para avaliação do estado geral e para o diagnóstico de doenças de diversas populações de tartarugas marinhas. Foram utilizadas 28 fêmeas em período reprodutivo, em Farol de São Thomé (21°45'15"S - 41°19'28"W), no município de Campos dos Goytacazes, região norte-fluminense. As amostras foram coletadas sem anticoagulante, através de venopunção do seio venoso cervical dorsal. Os valores médios encontrados para as variáveis cálcio, fósforo, colesterol e triglicerídeos demonstram a correlação desses componentes com o processo de vitelogênese e a formação do ovo. O fato de as fêmeas reduzirem a alimentação, no período que antecede a postura dos ovos, influenciou a concentração média de uréia (35,25mg dL-1), sódio (147mEq L-1), potássio, ácido úrico e lipídios. As variáveis vinculadas ao tamanho das tartarugas apresentaram correlação positiva com enzimas ALT e AST, sugerindo que animais com maior volume hepático apresentam maior atividade enzimática.
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