Descrição histológica do escroto de caprinos nativos do Estado do Piauí, segundo o grau de bipartição escrotal
Soares Nunes, AlineFerreira Cavalcante Filho, MiguelAugusto Nascimento Machado Júnior, AntonioLúcia Abreu Silva, AnaMendes Conde Júnior, AirtonAdalmir Torres Souza, JoséAcelina Martins Carvalho, Maria
Esta pesquisa teve por objetivo avaliar as características histológicas do escroto de caprinos com diferentes graus de divisão escrotal. Foram utilizados 15 caprinos distribuídos em três grupos (GI, escroto não bipartido; GII, escroto bipartido até 50% do comprimento testicular; e GIII, escroto bipartido superior a 50% do cumprimento do testículo). Fragmentos do escroto foram submetidos a processamento histológico e analisados em microscópio de luz. Na pele do escroto, a epiderme apresentava-se composta por epitélio pavimentoso estratificado queratinizado, organizado nos estratos basal, espinhoso, granuloso e córneo. Sua espessura, independentemente da divisão escrotal, aumentou gradativamente da região proximal à distal, sendo mais espessa nos caprinos do GIII (68,91µm) e mais fina na região da rafe escrotal do grupo GI. A derme apresentava-se escassa em tecido adiposo e possuía uma maior quantidade de glândulas sudoríparas apócrinas nos animais do GIII (18,12GS mm-2), quando comparado com os do GI (16,14GS mm-2) e GII (14,82GS mm-2). Com relação às glândulas sebáceas, não foi encontrada diferença numérica significativa entre os animais pesquisados. Concluiu-se que os caprinos que apresentam bipartição escrotal mais acentuada (GIII) podem apresentar uma maior produção de suor, pois contém maior quantidade de glândulas sudoríparas no escroto, fato que pode favorecer a perda de calor por evaporação, colaborando no processo de termorregulação testicular.
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