Detecção de ácido ocadaico em cultivo de mexilhões Perna perna, Angra dos Reis, RJ
Ferreira Mariné, GeisiPaulo Oliveira Silva, PedroMendonça de Oliveira, Gesilenede Magalhães Ferreira, Vanessa
A ficotoxina ácido ocadaico (AO) é produzida por um grupo de microalgas conhecidas como dinoflagelados. Os mexilhões, ao se alimentarem dessas microalgas, acumulam a toxina em sua glândula digestiva, desencadeando a Síndrome ou Envenenamento Diarreico por Moluscos (EDM) no ser humano. Os sintomas se apresentam em torno de 30 minutos após o consumo do molusco contaminado, variando entre náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia. Quando a ingestão da toxina acontece em quantidades inferiores a 48µg g-1, os sintomas não se desenvolvem, porém seu consumo continuado favorece o surgimento de tumores no trato gastrointestinal em razão do poder carcinogênico do AO. Este estudo pretendeu detectar e quantificar a toxina diarreica AO em mexilhões Perna perna coletados entre os meses de maio e outubro de 2006. A detecção do AO nos mexilhões foi realizada por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência com Detecção Fluorimétrica (CLAE-DF). Os resultados cromatográficos indicaram a presença da toxina AO em baixas concentrações, em todas as amostras de mexilhões obtidas de maio a outubro de 2006. Os resultados indicam a necessidade da elaboração e aplicação efetiva de um programa de controle higiênico-sanitário dos moluscos, assim como o monitoramento do ambiente aquático, objetivando, acima de tudo, a segurança da saúde pública.
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