Variação sazonal da contaminação por helmintos em matrizes ovinas e borregos submetidos a controle integrado e criados em pastagens tropicais
Aparecida Nogueira, FláviaTeixeira da Rocha, FabrícioCardoso Ribeiro, GustavoOliveira Silva, NathalieCastro Geraseev, LucianaChristina de Almeida, AnnaRobson Duarte, Eduardo
A verminose é um dos principais problemas sanitários da criação de pequenos ruminantes no Brasil e no mundo. Entretanto, pouco se conhece sobre a variação sazonal da contaminação parasitária e os efeitos da associação de um controle estratégico com um tático sobre ovinos criados em condições do Semiárido no norte de Minas. Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a variação sazonal da contaminação por helmintos gastrintestinais em borregos e matrizes ovinas em um sistema de controle integrado no norte de Minas Gerais, Brasil. Durante um ano, mensalmente, foram coletadas amostras de 30 borregos e 30 matrizes de uma propriedade. Durante o mês de abril de 2007, foram também avaliados 68 ovinos em uma segunda propriedade, período esse que correspondeu à época de parição nas duas fazendas. Amostras de fezes foram obtidas diretamente da ampola retal para determinação do número de ovos por gramas de fezes (OPG) e os dados submetidos à análise de variância. Os valores médios do OPG das matrizes apresentaram aumento significativo nos meses de maio e outubro de 2007, meses de parição na propriedade. Já para os borregos, ocorreu aumento significativo no OPG médio em março de 2007, coincidindo com o final da estação chuvosa. O controle integrado adotado foi eficiente na redução da contaminação após esses períodos relatados. Após o cultivo das larvas, os gêneros mais observados foram Trichostrongylus, Haemonchus e Strongyloides, tanto para o período seco, quanto para o chuvoso. A comparação das contaminações das matrizes das duas propriedades no mês de abril de 2007 indicou uma média de OPG significativamente maior na segunda propriedade, que não tratou esses animais antes do parto.
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