Análise dos fatores relacionados a 60 casos de distocia em ovelhas no Agreste e Sertão de Pernambuco
Carlos Lopes Câmara, AntônioAugusto Bastos Afonso, JoséCruz Dantas, AlexandreAzevedo Guimarães, Janainade Azevêdo Costa, NivaldoIsabel de Souza, MariaLopes de Mendonça, Carla
O presente trabalho objetiva relatar os principais tipos de distocias em ovelhas, no Agreste e Sertão de Pernambuco, e avaliar alguns fatores relacionados com sua ocorrência, bem como determinar a eficiência dos tratamentos utilizados. A maior incidência de partos distócicos ocorreu na estação chuvosa, com 61,7% dos casos. Os resultados mostraram predominância de distocias de origem materna (71,6%) sobre a fetal (29,4%), com maior incidência em ovelhas primíparas da raça Santa Inês, com gestações gemelares. A principal distocia materna foi a ausência ou dilatação cervical insuficiente, e fetal, a má disposição na apresentação anterior. A taxa de sobrevivência das mães correspondeu a 100 e 88,6%, enquanto das crias alcançou 41,2 e 46,7%, após manobra obstétrica e cesariana, respectivamente, com predominância de cordeiros inviáveis em ambos os procedimentos. As manobras obstétricas e a cesariana pelo flanco esquerdo permanecem opções seguras para o tratamento de distocias em ovelhas, sendo ainda importantes coadjuvantes, minimizando o impacto econômico causado por essa enfermidade em Pernambuco.
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