Organismos edáficos como bioindicadores da recuperação de solos degradados por arenização no Bioma Pampa
Paula Moreira Rovedder, AnaLuiz Foletto Eltz, FlávioSandra Drescher, MartaBergamo Schenato, RicardoInês Antoniolli, Zaida
Os organismos edáficos, por sua sensibilidade a alterações no meio, têm sido utilizados como indicadores de modificações nos níveis de qualidade do solo, as quais podem ser promovidas por degradação ou agradação. Em Alegrete, Rio Grande do Sul, foram caracterizadas populações de organismos edáficos como bioindicadores dos efeitos da degradação por arenização e da recuperação por revegetação com Lupinus albescens Hook. & Arn., fabácea natural do Bioma Pampa. Os tratamentos constituíram-se de solo com cobertura natural de Lupinus albescens (TN), área arenizada que recebeu revegetação com Lupinus albescens há um ano (T1), área arenizada que recebeu revegetação com Lupinus albescens há três anos (T3), solo arenizado (SA) e campo nativo (CN). As coletas foram feitas em fevereiro e maio de 2006, com armadilhas PROVID. Foram determinados os parâmetros: abundância de organismos em nível de Ordem, riqueza de organismos e índices de diversidade e igualdade de Shannon. A arenização reduziu o desenvolvimento das populações edáficas, enquanto a estratégia de revegetação mostrou efeitos positivos na recolonização da área. O grupo Collembola destacou-se como bioindicador dos efeitos dos processos de degradação e recuperação. O índice de diversidade de Shannon não foi adequado para a avaliação dos efeitos da arenização quando analisado isoladamente.
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