Histologia e morfometria das glândulas das junções infundíbulo-magno e útero-vagina de codorna doméstica
Moraes, CarimeMartinez Baraldi-Artoni, SilvanaRita Pacheco, MariaOliveira, DanielaAmoroso, LizandraLuís Sagula, Alex
A análise comparativa das glândulas armazenadoras de espermatozóides das junções infundíbulo-magno e útero-vagina do oviduto da codorna Nothura maculosa foi realizada durante a fase reprodutiva. As aves foram eutanasiadas por inalação com éter etílico, após a pesagem. Após a laparotomia e o deslocamento cranial do esterno, foram coletadas amostras de dois centímetros da junção infundíbulo-magno e útero-vagina. Os fragmentos foram fixados em solução de Bouin por 24 horas e, posteriormente, banhos sucessivos de álcool 70% foram aplicados sobre as amostras. Em seguida, as amostras foram desidratadas em uma série de concentração crescente de alcoóis (80, 90, 95 e 3x100%), diafanizadas em xilol e incluídas em parafina. Cortes histológicos de sete micrômetros de espessura foram obtidos e corados pela técnica da Hematoxilina-eosina (HE), que foram analisados e fotomicrografados em um fotomicroscópio Olympus BX-50. Para a análise morfométrica, foram capturadas imagens das glândulas armazenadoras de espermatozóides da junção infundíbulo-magno e útero-vagina mediante o programa computacional "Image Pro Plus 4.1" da Cibernetics do Brasil, tornando-se possível a quantificação das mesmas. A mucosa da junção infundíbulo-magno apresentou pregas estreitas no infundíbulo e largas no magno, enquanto na junção útero-vagina mostrou-se amplamente pregueada na vagina e mais lisa na porção uterina. O número médio de glândulas armazenadoras de espermatozóides na junção infundíbulo-magno foi maior (11,7 glândulas) (P 0,01) que na junção útero-vagina (7,5 glândulas). Supõe-se que a abundância de glândulas armazenadoras de espermatozóides na junção infundíbulo-magno permite acesso mais rápido do ovócito, após a oocitação, ao espermatozóide armazenado, garantindo a fertilização.
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