Cistoplastia experimental em coelhos (Oryctolagus cuniculus) com peritônio bovino conservado em glicerol a 98%
Catelan de Oliveira, TatianaRegina Freixo Scavone, AlessandraRita Fernandes Machado, MárciaCristina Mazzucatto, Bárbara
Neste estudo foi implantado um retalho de membrana peritoneal bovina em substituição a um fragmento da face ventral da bexiga de coelhos albinos, raça Nova Zelândia, adultos, machos não-castrados (n=12), com o intuito de avaliar o processo de reparação tecidual no que se refere à biocompatibilidade, à capacidade de reparação tecidual e a possíveis complicações. Aos sete, 14, 30 e 60 dias de pós-operatório, os animais foram eutanasiados, três em cada período, mediante o emprego de tiopental sódico (200mg kg-1), para posterior avaliação macroscópica e análise histopatológica da interface do implante com o tecido nativo. Macroscopicamente, foram observadas, em todos os períodos, aderências de estruturas adjacentes ao local do implante, presença de cálculos e ausência de sinais de rejeição. Sob microscopia de luz, aos sete, 14 e 30 dias de observação, o implante ainda estava presente, havia intensa reação inflamatória mista, neovascularização, fibroplasia e escassas fibras musculares, contudo, o epitélio e a lâmina própria não estavam reconstituídos. Aos 60 dias de avaliação, o implante não estava mais presente e todas as camadas vesicais encontravam-se reparadas. O implante foi biocompatível e forneceu arcabouço para orientação e desenvolvimento das camadas teciduais da bexiga, mediante processos de reparação, restabelecendo a estrutura do órgão.
Texto completo