Desempenho, metabolismo e níveis plasmáticos de colesterol e triglicerídeos em frangos de corte alimentados com óleo ácido e óleo de soja
Roberto Raber, MarcosMachado Leal Ribeiro, Andréade Mello Kessler, AlexandreArnaiz, ValentinoValim Labres, Raquel
Neste trabalho são relatados três experimentos (EXP) realizados, sendo dois de desempenho e um de metabolismo. O primeiro experimento de desempenho utilizou 384 pintos de corte machos, da linhagem Cobb 500, e foi conduzido com animais de um a 20 dias de idade. O segundo EXP de desempenho foi realizado com as mesmas aves, após homogeneização de todas elas, com 21 a 34 dias de idade, utilizando-se 256 frangos. O ensaio de metabolismo usou 32 frangos e foi realizado com animais de 21 a 34 dias de idade. Testou-se o óleo ácido de soja (OAS) e o óleo degomado de soja (ODS) incluídos na dieta em quatro níveis (2, 3, 4 e 5%), constituindo oito tratamentos com quatro repetições cada, dispostos em fatorial 2x4. Foram avaliados o desempenho e o metabolismo das aves e o coeficiente de metabolismo da matéria seca (CMMS), da gordura bruta (CMGB) e da energia bruta (CMEB) das dietas, além de teores de triglicerídios e colesterol sanguíneo no 34o dia de idade. Nenhuma interação foi observada entre os óleos e os níveis utilizados (P>0,05). Com o aumento do nível de óleo na dieta, observou-se maior peso final das aves (P 0,01) e melhor conversão alimentar (CA) (P 0,01). No EXP de desempenho com animais de um a 21 dias, ocorreu redução no consumo de ração (P 0,01) com a adição de óleo, mas não no EXP com animais de 21 a 34 dias. No ensaio de metabolismo, aves que receberam OAS apresentaram melhor CMMS (P 0,01) em relação ao ODS. O aumento do nível de inclusão de óleo, independentemente do tipo, melhorou o CMMS (P 0,01) e o CMGB (P 0, 01) das dietas. Observou-se maiores níveis de triglicerídios no sangue das aves com maiores níveis de óleo (P 0,01). O OAS mostrou eficiência relativa de 93 e 90% nos EXP de desempenho com animais de um a 20 e de 21 e 34 dias, respectivamente, com base na CA e de 95%, comparado ao ODS, com base em análise de regressão entre o nível de óleo adicionado (X) e o CMGB (Y) determinado no ensaio de metabolismo. O OAS é uma boa fonte energética para uso em dietas de frangos de corte, apresentando valor energético um pouco inferior ao ODS.
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