Enxertia da faveleira (Cnidoscolus phyllacanthus) sem espinhos
Sales, Francisco das Chagas VieiraBakke, Olaf AndreasArriel, Eder FerreiraBakke, Ivonete Alves
A faveleira (Cnidoscolus phyllacanthus Pax et K. Hoffm.) é uma xerófita forrageira do semi-árido do Nordeste do Brasil. A presença de espinhos causticantes dificulta a coleta de suas ramas, no entatnto mutantes inermes podem ser multiplicados vegetativamente. Este trabalho teve o objetivo de determinar um protocolo de enxertia por garfagem da faveleira sem espinhos com enxertos dormentes ou em fase vegetativa enxertados em porta-enxertos na fase vegetativa. As enxertias foram realizadas no Viveiro Florestal da UFCG, campus de Patos, PB, em dezembro de 2003 e junho de 2004. Antes da enxertia, em dezembro de 2003, os enxertos dormentes foram mantidos por três dias sob refrigeração (+5ºC) (T1) ou à sombra, à temperatura ambiente (T2). Os enxertos em fase vegetativa foram enxertados logo após cortados, em dezembro de 2003 (T3) ou junho de 2004 (T4). Foram realizadas 38, 26, 40 e 30 enxertias para T1, T2, T3 e T4, respectivamente. Nos enxertos que brotaram, foram avaliados o diâmetro e a altura do porta-enxerto e do enxerto, e o percentual de sucesso das enxertias. As médias de diâmetro (10,9 a 11,9mm e 8,6 a 9,6mm dos porta-enxertos e enxertos, respectivamente) e altura (7,7 a 12,6cm e 23,7 a 29,8cm dos porta-enxerto e enxertos, respectivamente) foram considerados semelhantes para todos os tratamentos. Os percentuais de sucesso das enxertias para T1, T2, T3 e T4 foram 45, 85, 15 e 33 por cento, respectivamente. Concluiu-se que enxertos dormentes de faveleira, com cerca de 9mm e 25cm de altura, e mantidos à sombra por três dias antes de serem enxertados, propiciaram a maior taxa de sucesso das enxertias.(AU)
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