Metodologia para detecção de infecções latentes de Monilinia fructicola em frutas de caroço
Martins Moreira, LucieneLarissa May-De Mio, Louise
O fungo Monilinia fructicola, causador da podridão parda, é o patógeno mais importante economicamente para as fruteiras de caroço. O fungo infecta desde a fase de floração, podendo ficar latente nos frutos e manifestar sintomas durante a colheita e pós-colheita. O presente trabalho objetivou avaliar metodologias para detectar infecções latentes em frutos em desenvolvimento para diferentes cultivares de fruteiras de caroço. Foram escolhidas oito cultivares de fruteiras de caroço para avaliar infecções latentes de M. fructicola. Para tanto, coletaram-se 30 frutos de cada cultivar, separando-os em dois lotes de 15 frutos, sendo um deles submetido à imersão, por dois minutos, em solução de etanol 70%, posteriormente em hipoclorito de sódio 2%, e finalmente lavados em água esterilizada. O tratamento para o segundo lote de frutos foi semelhante ao anterior, acrescido de solução de paraquat 2% (paraquat - 200g L-1, Gramocil- SC) após o hipoclorito. Após os tratamentos, os frutos foram postos em câmara úmida em embalagens plásticas contendo papel de filtro umedecido, à temperatura ambiente. A avaliação da incidência da doença foi feita a cada 48 horas por um período de 10 dias. As infecções latentes foram detectadas na maioria das cultivares avaliadas com os dois métodos, sendo que, nos frutos próximo à maturação, estas surgiram com maior freqüência. O tratamento em que se usou o herbicida aumentou a detecção da podridão parda nas cultivares de ameixa Reubennel e Harry Pickstone. Para os pêssegos, na cultivar "BR-3", os dois métodos favoreceram a detecção, porém, nas cultivares "Chimarrita" e "Vila Nova", quando não se utilizou o paraquat, houve maior detecção das infecções latentes.
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