Controle genético da resistência à mancha-de-Phaeosphaeria em milho
Teresa Gomes Lopes, MariaLopes, RicardoRegiane Brunelli, KátiaPereira da Silva, HerberteRodrigues Matiello, RodrigoEduardo Aranha Camargo, Luis
A mancha-de-Phaeosphaeria, de ampla ocorrência no Brasil, tem causado expressiva redução na produtividade da cultura do milho no país. Por isso, o desenvolvimento de híbridos resistentes à doença é um dos principais objetivos dos programas de melhoramento genético da cultura. Informações sobre o controle genético da resistência à doença são necessárias para que os programas de melhoramento sejam eficientes. O objetivo deste estudo foi determinar o controle genético da resistência à mancha-de-Phaeosphaeria em milho a partir da avaliação das médias de gerações oriundas de dois cruzamentos entre linhagens resistentes (DAS95 ou DAS72) com uma suscetível (DAS21), sob condições de infecção natural da doença. Os ensaios foram conduzidos em Indianópolis (MG), em duas épocas de semeadura, outubro e novembro de 2000. Foi utilizado o delineamento experimental blocos ao acaso com três repetições. A avaliação para resistência foi realizada 30 dias após o florescimento com auxílio de uma escala diagramática de porcentagem de tecido foliar total da planta afetado pela doença. As médias da severidade da doença dos genitores e das gerações F1, F2, RCP1 e RCP2 foram analisadas segundo o modelo de MATHER & JINKS (1971). A variação genética devida a efeitos aditivos foi de 73 a 84%, enquanto, devido aos efeitos dominantes, foi de 13 a 23%. Foi evidenciada a predominância dos efeitos gênicos aditivos sobre dominantes em ambas as populações estudadas. Os valores da herdabilidade foram altos, variando de 61 a 88%. Os resultados indicaram condições favoráveis ao melhoramento genético visando àresistência à mancha-de-Phaeospheria nas populações estudadas.
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