Seasonal dynamics of Rhipicephalus sanguineus (Acari: Ixodidae) in dogs from a police unit in Goiânia, Goiás, Brazil
Cristina Braz Louly, CarlaNogueira Fonseca, IraceleFerreira de Oliveira, VilmaFontgalland Coelho Linhares, GuidoBorges de Menezes, LilianaMiranda Ferreira Borges, Lígia
O estudo de dinâmica sazonal de Rhipicephalus sanguineus foi desenvolvido em cães de uma Unidade da Polícia de Goiânia, Goiás, Brasil, de julho de 2001 a julho de 2002. Sete cães naturalmente infestados com R. sanguineus (dois da raça Cocker Spaniel Inglês, e cinco cães sem raça definida), com idades variando de 6 meses a 10 anos, foram utilizados no monitoramento da infestação. A cada duas semanas, o número de larvas, ninfas e adultos parasitando os animais era contado. Três tratamentos acaricidas foram feitos nos cães que tiveram níveis de infestação de 500 adultos. Considerando que os tratamentos interferiram no desenvolvimento de alguns picos do carrapato, pôde-se inferir que ocorreram nos quatro picos de larvas: de agosto a novembro, de novembro a fevereiro, de março a maio e de maio a julho; cinco picos de ninfas: de julho a setembro, de outubro a dezembro, de dezembro a fevereiro, de março a maio e de junho a julho, e quatro picos de adultos: de julho a outubro, de outubro a janeiro, de janeiro a março e de abril a julho. A ocorrência destes picos consecutivos de cada estágio pode indicar que o R. sanguineus realiza quatro gerações anuais em Goiânia. Por outro lado, se os tratamentos não interferiram no desenvolvimento dos picos de atividade, mais de quatro picos de cada estágio ocorreram nos cães. Então, é aceitável supor que mais de uma população de R. sanguineus estava se desenvolvendo no canil, ao mesmo tempo. O número médio de carrapatos de cada estádio foi similar nas estações do ano. Os sítios preferenciais de fixação foram o pescoço, o peito, as patas, as axilas, as orelhas, os espaços interdigitais e a cabeça. O número de carrapatos contados nos cães da raça Cocker Spainel Inglês foi de 1,4 a 11,5 vezes maior que o número observado nos cães sem raça definida.
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