Controle químico do cancro cítrico em plantas jovens sob manejo convencional e orgânico
Carlos Koller, OttoBeatriz Loss de Oliveira, ReginaSoares Nunes, DiegoDal Soglio, FábioValtir Panzenhagen, NestorAntônio Sartori, IvarManteze, Francisco
O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento de porta-enxertos de Poncirus trifoliata Raf. e de enxertos de laranjeira "Valência" (Citrus sinensis Osb.), os índices de ataque de cancro cítrico, causado pela bactéria Xanthomonas citri pv. citri, artificialmente inoculada, e o controle dessa moléstia, com pulverizações cúpricas em sistemas de cultivo, convencional e orgânico, no Centro de Formação da EMATER, situado no município de Montenegro, Estado do Rio Grande do Sul. Foram testadas pulverizações cúpricas a cada 7, 14 e 21 dias, com concentrações de 0,15 e 0,30% de cobre metálico, utilizando calda bordalesa no sistema orgânico e oxicloreto de cobre no sistema convencional. Foram avaliados o crescimento do diâmetro do caule das plantas, a produção de matéria seca da parte aérea dos porta-enxertos, o número de folhas com lesões de cancro cítrico e o número de lesões presentes por folha atacada. Verificou-se que em ambos os sistemas de cultivo, no convencional e no orgânico, o desenvolvimento dos porta-enxertos foi semelhante, mas os enxertos cresceram mais no sistema convencional. Com elevada presença de fontes de inóculo, os tratamentos cúpricos não controlaram o cancro cítrico nos porta-enxertos. Já nos enxertos, com baixa presença de fontes de inóculo, tanto a calda bordalesa como o oxicloreto de cobre controlaram a doença, com melhor resposta na concentração de 0,3% de cobre metálico, aplicada em intervalos de 14 dias. Para melhorar o controle do cancro cítrico, com calda bordalesa, em sistemas orgânicos de cultivo, devem ser desenvolvidas medidas eficazes de controle da larva-minadora.
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