Estratégias de manejo de coberturas de solo no inverno para cultivo do milho em sucessão no sistema semeadura direta
Regis Ferreira da Silva, PauloArgenta, GilberSangoi, LuisLuiz Strieder, MércioAlves da Silva, Adriano
A maioria dos produtores do estado do Rio Grande do Sul adota o sistema de semeadura direta, em que não há revolvimento do solo para preparo da área para semeadura. A adoção de um sistema de rotação e sucessão de culturas diversificado, que produza adequada quantidade de resíduos culturais na superfície do solo, é fundamental para sustentabilidade do sistema de semeadura direta. Os agricultores dispõem de várias espécies de cobertura de solo no inverno com potencial para anteceder a cultura do milho em sucessão. Na família das poáceas, destaca-se a aveia preta (Avena strigosa) como a mais cultivada. No entanto, o seu uso continuado pode causar prejuízos ao cultivo do milho em sucessão. Objetivando minimizar os efeitos das poáceas e ao mesmo tempo atender às exigências do sistema de semeadura direta, novas espécies de inverno pertencentes a famílias botânicas distintas, como fabáceas e brassicáceas, têm sido estudadas, tanto em cultivos solteiros quanto em consórcio com poáceas, como alternativas para anteceder o cultivo do milho. Assim, esta revisão bibliográfica tem como objetivos descrever as principais vantagens e limitações do uso de coberturas de solo no inverno, em cultivos solteiros ou consorciados, como culturas antecessoras ao milho no sistema de semeadura direta e discutir estratégias de manejo destas coberturas que resultem em maiores benefícios para o milho.
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